Vamos falar sobre prevenção ao HIV?

É muito comum quando se fala em HIV e prevenção separar as pessoas em dois grupos: as que possuem o vírus e as que não.

As primeiras são quase que ignoradas, afinal, elas já tem mesmo, qual o sentido de se falar em prevenção? E as segundas, a resposta é CAMISINHA. Assim mesmo, gritando. E isso é errado em alguns níveis.

O primeiro erro é essa separação. As pessoas não transam sozinhas, o nome disso é masturbação. Elas transam em duas ou mais pessoas e isso pode reunir as mais diversas combinações entre aqueles que possuem HIV e os que não. Mas, para fins didáticos, vou usar essa divisão aqui.

Olhando as pessoas que já tem HIV, fazer o tratamento corretamente é uma forma de prevenção. Isso mesmo, o tratamento não é apenas sobre a pessoa em si, mas sobre todo mundo que ela se relaciona. Uma pessoa que está fazendo o acompanhamento correto tem grandes chances de estar indetectável. E, a ciência afirma, um positivo indetectável, é intransmissível. É uma cadeia de transmissão que se encerra ali, pelo conhecimento.

Agora olhando para os não positivos, por décadas e décadas as campanhas de prevenção se focaram na camisinha, como se ela fosse um método único e indiscutível de prevenção ao HIV.

Porra, estamos em 2021, vamos nos atualizar? Prep é um método de prevenção. Pep é um modo de prevenção. Sim, as pessoas podem se expor por acidente, isso acontece. E ter algo a se fazer nesses casos é prevenção.

Sexo é sobre prazer (e procriação para alguns, mas não pra mim). E, sendo bem transparente, não vou ser hipócrita aqui de falar que sexo com camisinha é igual sem. Não é.

Mas nesse caso eu lembro sempre: você é o único responsável pelo seu corpo. As decisões sobre ele são suas e precisam ser respeitadas. Mas tome sempre com conhecimento. Com informação.